Galápagos - Um estranho numa terra estranha

Herman Melville chamou-lhes 'ilhas encantadas', mas foi Charles Darwin que pôs as Galápagos no imaginário mundial, como «laboratório» da sua teoria sobre a evlução das espécies. O que se sente quando lá se chega?

Que lugar tão estranho se ser humano. O que faríamos nós aqui, na Terra, se o resto do planeta fosse assim? Que criaturas nos teríamos tornado se a longa linha da evolução se tivesse desenrolado nesta paisagem tão assombrada, neste vento tão árido, nesta ausência inquietante de pontos de referência, precisamente, humanos? O que seríamos hoje se fôssemos todos das Galápagos? Não encontro nada que me conforte o olhar. O clima é quente mas a temperatura é fria, a luz é forte mas as cores são pardas, o solo é fértil mas o terreno incultivável – pedras soltas, chuva escassa.
Há uma vibração misteriosa, uma sensação de inquietude que está isenta de um juízo de valor: nem «positiva» nem «negativa», não cabe nas opções «mau» ou «bom». É como mascar uma alga ou respirar só oxigénio ou ouvir o som de um didgeridoo aborígene: os sentidos não sabem como definir estas experiências sensoriais, não sabem lidar com o estímulo que transmitem, não as sabem enquadrar (...)

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