Como funciona o apoio domiciliário a idosos?

Cuidar de idosos não é fácil. Quem já teve familiares acamados em casa sabe que, por mais esforço que façamos no nosso dia a dia, parece que falta sempre alguma coisa. Por isso, o apoio domiciliário a idosos pode ser uma ajuda preciosa a cuidar de quem mais gostamos.


Aliás, mesmo no caso de idosos que ainda vivem sozinhos, o apoio domiciliário a idosos é uma alternativa a pôr os seus familiares num lar. Há várias tarefas que se incluem neste apoio domiciliário, incluindo cuidados de higiene pessoal, cuidados de saúde, ajuda com as transferências e apoio a doentes. 


Fique a perceber melhor como funciona o apoio domiciliário a idosos!


Porque é que o apoio domiciliário é uma alternativa à institucionalização? 


O apoio domiciliário tem vários benefícios porque permite que o idoso permaneça na sua casa e mantenha a sua autonomia. Por sua vez, isto pode ajudar a estimular o cérebro e a mobilidade. Muitas vezes, depois de entrar no lar, os idosos começam a fazer pouco exercício e ficam sentados o dia todo. 


Além disso, também nunca têm de se preocupar com pequenas coisas do dia a dia, como saber que dia é ou a que horas têm e tomar a medicação, porque os funcionários do lar tratam de tudo. Assim sendo, pode haver benefícios em manter uma rotina que os responsabiliza pelo seu bem-estar.


Dito isto, alguns idosos não são capazes de fazer tudo aquilo que necessitam sozinhos. É nestas situações que se justifica contratar um apoio domiciliário a idosos. 


Como funciona o apoio domiciliário a idosos: tarefas e frequência


Idosos autónomos


Na maioria dos casos, o apoio domiciliário a idosos é apenas uma visita rápida. Alguns idosos precisam de algumas visitas por semana para administrar medicação (por exemplo, injectáveis), fazer diálise em casa, limpar pensos ou até fazer a pedicure, para evitar feridas nos pés. Às vezes esses cuidados até são esporádicos, por exemplo, depois de fazer uma cirurgia.


Noutros casos, as visitas podem ser mais frequentes e mais longas. Este é o caso dos idosos que já precisam de ajuda para fazer os seus cuidados de higiene (por exemplo, tomar banho, lavar o cabelo, cortar as unhas), a fazer transferências (por exemplo, a passar da cama para a cadeira de rodas e vice-versa) ou que pedem entrega de comida todos os dias. 


Relativamente à comida, muitas vezes os idosos já não têm paciência para fazer a sua própria comida ou têm uma dieta desequilibrada. Por isso, alguns lares fazem entregas das refeições ao domicílio, assim como a Cruz Vermelha. Isso permite que os idosos continuem a ter uma alimentação completa e ajustada às suas necessidades (por exemplo, dieta baixa em sal, dieta baixa em gordura, etc).


Doentes acamados


Daqui passamos para o caso dos doentes que estão acamados e que precisam de visitas diárias. As visitas diárias ajudam a virar o doente e a fazer a sua higiene pessoal na cama, o previne o desconforto físico, as úlceras por pressão, etc. Além disso, nestes casos mudar a roupa de cama com frequência também é absolutamente necessário. 


Com o avançar da idade, também há famílias que optam por contratar alguém que faça apoio domiciliário à noite. Muitos idosos caem quando se tentam levantar de noite para ir à casa de banho, por exemplo. Outros não se sentem seguros. Por isso, o apoio domiciliário à noite pode ser uma boa opção para quem tem familiares mais “activos” durante esta altura do dia. 


Por último, temos o caso dos idosos que precisam de apoio domiciliário 24 horas por dia, nomeadamente aqueles que têm graves problemas de mobilidade ou demências. Neste caso, o apoio domiciliário é essencial para trocar as fraldas, fazer a higiene pessoal, cozinhar, e evitar que a pessoa se magoe a si própria. Nestes casos, o preço do apoio domiciliário é mais alto porque é um trabalho full time.



Em qualquer um dos casos, o cuidador torna-se uma pessoa de referência para o idoso e com quem convive com frequência. Por isso, é importante que seja uma pessoa de confiança, atenta e com experiência a lidar com os problemas específicos que o idoso enfrenta. Então, antes de me despedir, deixo aqui mais um artigo que me parece muito útil sobre como escolher o melhor apoio domiciliário para a sua família.

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