Como fazer férias low-cost na Madeira

Aproveitei os últimos dias para dar um saltinho a Berlim e fazer um mini-break. Sabem o que vos digo? Que se aqui até está quentinho para a época, eles lá dizem o mesmo. A diferença é que, para os Alemães, estar “calor” em Fevereiro significa qualquer temperatura abaixo de zero. Ora a ponta do meu nariz não está habituada a lidar com temperaturas de 5ºC mal sai da porta! Para mim, tudo é um gelo por estas bandas.

Felizmente, alguns Alemães com bom senso admitem que a vida corre muito melhor debaixo do Sol - e eu sinto-me menos louca. No outro dia um senhor dizia-me que tinha acabado de chegar das Ilhas Canárias porque tinha pago uma ninharia pelo voo e era uma dose quase gratuita de vitamina D. Quando me perguntou o que vim fazer a Berlim, admiti que só tinha viajado pelo mesmo motivo: o voo estava barato demais para recusar. (Mas claro, ninguém vinha a Berlim nesta altura do ano caso contrário!)

Em Portugal ainda não conheço voos low-cost para as Ilhas Canárias, mas temos outra opção semelhante e é em território nacional: a Madeira! (Para os mais distraídos, a Madeira fica tão perto das ilhas Canárias que algumas televisões e rádios apanham estações espanholas). Claro que a Madeira não um paraíso tropical. Não se ponham a fazer levadas nesta altura do ano! Na serra está frio, a águas levam muito caudal e há veredas íngremes. Mas, ainda assim, na Ponta do Sol estão 20ºC o ano inteiro. Estão a ler bem? O ano inteiro. Mas agora vamos ao que interessa: como é que podemos fazer férias low-cost na Madeira?

Como fazer férias low-cost na Madeira?

Encontrar voos baratos. Há voos low-cost para a Madeira de Lisboa e Porto com a Easyjet. Os voos da Transavia também costumam ter preços competitivos. Raramente a TAP consegue competir com os valores destas companhias aéreas, a menos que tencionem levar bagagem de porão - nesse caso, na TAP deve estar incluída no bilhete e pode ficar mais em conta.


Não comprem férias all inclusive. Reservas para “resorts” com buffet de comida e tudo incluído? Não compensa. Vão acabar por comer coisas que poderiam saborear a qualquer lado e ao fim de dois dias estão fartos. Encontrem um alojamento e experimentem a comida madeirense em restaurantes madeirenses longe da maior zona turística de luxo da Europa, o Lido! Se vos comprarem mais de 10€ por um picado, é roubo.


Procurem um AirBnB. Se querem ir para a piscina, para o jacuzzi ou para a sauna todos os dias, um hotel pode ser um bom investimento. Mas se forem um pouco mais flexíveis, toda a ilha está cheia de excelentes opções de alojamento local. Na zona da Ribeira Brava, Ponta do Sol e Calheta podem até encontrar moradias inteiras para alugar, muitas vezes com piscina e capacidade para grandes grupos (dividir despesas, hello!).


Aluguem um carro. Alugar um carro é a melhor forma de se deslocarem na ilha. Não façam visitas organizadas em autocarros, que são caras e não vos dão a mesma liberdade. Tentem reservar o carro com desconto - normalmente as companhias aéreas oferecem vales ou pontos que podem descontar noutros voos.